Portugal é um país espalhado pela sete partidas do Mundo. Semearam-se portugueses por todo o lado, mesclando-o a cultura lusitana com as culturas locais, em homenagem a uma vocação universalista que marca a essência de ser português.
Não somos uma raça, porque somos uma mescla de raças, por natureza anti racista.
Temos – os portugueses – uma personalidade própria, construída sobre uma identidade cultural cujo desenvolvimento se iniciou há mais de 800 anos, no pequeno retângulo europeu e que nos marca a todos nós e às comunidades em que nos inserimos.
Não somos nacionalistas nem xenófobos. Por isso nos misturamos fraternalmente em todas as sociedades em que nos integramos, sem nos dissolvermos.
Portugal é uma ideia em marcha, há mais de oito séculos, objetivada num Povo espalhado por todo o Mundo, numa rede impar de cumplicidades.
Temos de nós próprios a ideia de que somos bons, em quase todos os aspetos.
Revemo-nos na História dos nossos antepassados e nas suas viagens e descobertas, relevando delas, como fator especial, o conhecimento.
Foi essa indomável vontade de conhecer que pulverizou portugueses em todos os cantos da Terra, com essa personalidade e com Portugal como referência.
O tentação de ser português não pode, por isso mesmo, resumir-se à obtenção oportunística de um passaporte, que dá facilidades de entrada e fixação nos países da União Europeia ou permite a entrada sem visto nos Estados Unidos.
A aquisição da nacionalidade portuguesa só faz sentido se o requerente – sem prejuízo dos direitos as leis lhe conferem – quiser mesmo pertencer a este Povo e à mescla social e cultural que constituímos com a nossa personalidade própria.
A lei permite-lhe manter outra(s) nacionalidade(s) mas exige-lhe também que a aquisição da nacionalidade portuguesa seja genuinamente marcada por uma lealdade ao projeto universalista em que todos participamos.
Se não sentir essa vocação e essa vontade não peticione a nacionalidade portuguesa.
O clube que os portugueses constituem é um clube muito especial.